Amar por muito tempo requer tanto que apodreci.
Já apodrecido o riso alça voo sozinho em busca de outras faces que o use de maneira genuína e inadvertida, o marasmo debruçado num livro em branco se justifica para o entusiasmo enfurecido diante de vidas sem vida, a aventura mingua no silêncio do quarto onde fazemos amor várias vezes ao dia para conformidade da nossa rotina, o ciúme flexível cresce e vira um monstro possessivo diminuindo os números de amigos, os afagos tropeçam no caminho e não sabem mais como despertar furacões adormecidos que me dominam, as lágrimas chegam cada vez mais fáceis e cada vez mais doloridas, a cumplicidade jaz frustrada em meio ao turbilhão de ameaças, a sensação de proteção deu lugar ao medo do que virá caso um dos dois decida terminar. Perturbada chego a uma conclusão que já não cabe para mim: deve-se amar uma vez na vida, amar ao nascer do sol e suspirar pela última vez quando ele se recolhe.Vivê-lo na delicadeza das suas primeiras horas de vida é o bastante para não repudiá-lo pelo resto da vida.
6 convidados:
Que lindo!
Um amor às vezes pode se frustrar, pode ser rotina.
É bom aproveita-lo enquanto ainda é fresco, vivo.
Beijo enorme ♥
Colombina, querida, que espaço maravilhoso vc tem aqui! Adorei tudo!
Adorei o texto! Sua forma de escrever é bem genuína e criativa! Sigo-te tb!
Beijos :)
Uau! Agora é minha vez de falar: você parece desacreditada.
Sabe o que se passou? Você chegou a uma conclusão, e pode convencer muitas pessoas com ela. Me parece tão real! Tenho medo.
A escrita é maravilhosa, como sempre.
Beijos.
Adorei as palavras.
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Encantada com o encanto.
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Que talento, héim?! Simplesmente perfeito!!! E eu me encaixei em tudo o que escreveste.Perabens!!!
P.s. Força aí na luta contra a balança. Eu ainda sorevivo a esta vida... rs
;)
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